quarta-feira, 8 de agosto de 2012

PIRENÉUS FRANCESES - 4

   19/7. Levantámo-nos cedo, como é hábito, quando ainda todos dormem. O tempo estava fresco. Saímos para fora, até ao Monastério de Veruela, ali mesmo ao lado. Junto à entrada um cartaz avisava que a abertura era às 10h30. Quando ando por fora nunca acerto os relógios pela hora dos países onde estou. Para refeições e dormidas, regulo-me pela hora portuguesa, para horários de monumentos, transportes e outros, acrescento mentalmente uma hora e ando assim. Como ainda faltava algum tempo e tínhamos uma jornada longa para este dia, tirámos umas fotos ao exterior e arrancámos.
Monastério de Veruela

Monastério de Veruela
Prosseguimos pela N 122, até entroncar na via rápida A-68, para Saragoça. O trânsito era intenso e antes de entrar na via rápida percorremos um troço com 8 Km de traço contínuo, numa zona de rectas e sem cruzamentos. Afinal não é só em Portugal que se encontram aberrações incompreensíveis. Deste ponto até Saragoça, são cerca de 45 Km, sempre com trânsito congestionado, muitos veículos pesados, ladeados por zonas industriais ininterruptas que se prolongam outro tanto para além da cidade, já no caminho para Lérida, o que  significa uma área industrial de muitos, muitos hectares. É verdade que se trata da 4ª cidade espanhola, com mais de 600 000 habitantes, mas todas as cidades espanholas, mesmo de reduzida dimensão têm áreas industriais adjacentes sempre com razoável tamanho. Continuámos então pela N II, estrada de que não gosto, pelas paisagens desoladoras de dunas de arenito e pelo trânsito louco de veículos pesados que a percorre nos dois sentidos, fugindo, como nós, à portagem da Ap-2 que lhe corre paralela até quase Lérida. Paramos apenas numa pequena área de descanso, onde existe uma frutaria, ao lado de uma fonte e algumas árvores, qual oásis no meio de um deserto tórrido. Quando nos aproximamos de Lérida a paisagem começa a mudar, aparecem grandes pomares e o verde conquista de novo algum espaço ao monótono tom ocre. Começamos agora a subir para Norte, pela C-13. Começam a desenhar-se no horizonte ainda longínquo os contornos das montanhas. Antes de La Seo de Urgel, encontrámos um recanto com duas grandes árvores junto a uma construção que parecia um restaurante fechado. Parámos para almoçar e verificámos por um claro anúncio que se tratava de uma casa de prostituição. No entanto como só abria às 17,30 H, decidi avançar...

Passagem pelo Congost de Tresponts


Atravessámos  Seo de Urgel e continuámos pela N 260 até Puigcerdá. Esta é a última cidade espanhola antes da entrada em França e abastecemos de gasóleo a 1,39€. Entrámos logo a seguir em território francês, por Bourg Madame e, acompanhados pela linha férrea do Petit Train Jaune, 10 Km mais à frente chegámos a Latour de Carol, local escolhido para final desta etapa. É uma pequena localidade, mas muito acolhedora. Uma placa anunciava a 300 M à gauche, o parque L'Oratoire, que procurávamos. Apareceu uma entrada à esquerda, com uma rampa muito inclinada e lá entrámos. Achámos estranha a entrada e apenas uma moradia com uma família sentada à volta de uma mesa com o lanche, espantada a olhar-nos... Era afinal apenas o quintal onde confraternizavam, até lhes entrar uma autocaravana portuguesa para dentro... Com muitas desculpas, demos a volta, para encontrar então a verdadeira entrada do parque, um nadinha mais à frente.
Recepção do parque L'Oratoite, Latour de Carol.
   O parque é bom, não muito grande, ocupado em boa parte por bungalows e mobil-homes. Dois blocos sanitários, muito engraçados, mas pequenos, com apenas uma cabine de duche cada. Chão de relva e parcelas agradáveis.
Bloco sanitário


Percorremos 437 Km.

Parque L'Oratoire, em Latour de Carol - 14 €/noite

www.cerdagne-camping.com

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