Saímos do parque, fazendo o caminho inverso da vinda, por Gorge de Luz e Argelès-Gazost. Aqui, apanhámos de novo a D-918, nossa companheira dos Pirenéus. Logo nos primeiros quilómetros começámos a encontrar imensos ciclistas que dificultavam bastante a progressão, pois e estrada é muito estreita, sinuosa e sempre a subir, a subir...
A caminho do Col du Soulor |
Passamos povoações lindíssimas, como Aucun, mas sobretudo Arrens-Marsous, com casas de sonho, flores por todo o lado e um enquadramento paisagístico fabuloso. Os ciclistas são em cada vez maior número, à conquista do Col du Soulor, que dista 8 Km de Arrens-Marsous, mas 8 Km bem suados...
Última curva antes do Col du Soulor |
Com o motor a pedir tréguas chegámos ao Col du Soulor, no meio de imensos ciclistas, motociclistas e também muitos carros e autocaravanas. Muita gente, muitas fotografias, muitos animais à solta, bovinos, burros e ovelhas desejosos de confraternizar com os humanos e seus transportes...
Col du Soulor |
Fila para a cabine telefónica... Col du Soulor |
Guardando o quiosque... |
Col du Soulor |
Encolhidos, para cruzamento... |
Os marcos de pedra na berma de pouco serviriam se lhes testássemos a resistência...
Nos túneis só cabe um de cada vez. É entrar e esperar que não apareça ninguém em sentido contrário...
A estradinha que trepa, vista de longe... |
Por vezes, vamos bastante tempo atrás de apenas um ciclista, dado que as curvas apertadas se sucedem e não há espaço para folgas...
E chegamos ao cimo, ao Col d'Aubisque.
O estacionamento é ocupado por carros, autocaravanas, motos, bicicletas, cavalos, ovelhas e burros.
Alguns pedem-nos boleia...
A paisagem é arrebatadora. Lá em baixo, no fim de um autêntico circuito, vê-se o perfil de um pequeno hotel, localizado à beira de um abismo.
Em homenagem ao Tour de France - Col d'Aubisque |
Descendo, com Gourette ao fundo |
D 918 antes de Asasp (larga Q B) |
Tinha programado pernoitar aqui. Ainda era cedo e fazia um calor asfixiante. Parámos junto ao rio Saison, para apanhar ar antes de procurar o parque. Vimos uma placa de "camping" a apontar para o outro lado do rio, ali mesmo ao lado. Atravessei a ponte a pé e logo ali, estava um parque fantástico, debaixo de um frondoso arvoredo, com um viçoso tapete de relva abundante e fresca e uns maravilhosos bungalows perfeitamente integrados no conjunto. Não era o parque que procurávamos, mas a escolha ficou decidida imediatamente. Atravessámos a estreitíssima ponte, entrámos no parque, com pouca gente e procurámos alguém. Não estava ninguém na recepção e alguém nos informou, em basco, (traduzido para castelhano) que nos podíamos instalar à vontade, que lá para a noite a dona devia chegar... Foi o que fizemos. Logo a seguir, quando me preparava para consolar a garganta seca, começou a cair uma grossa chuvada acompanhada de forte trovoada.
Camping Pont d'Abense |
Chuvada em Pont d'Abense |
O calor, todavia, não abrandava. Aproveitámos para jogar uma partida de cartas, com a ventoinha ligada e umas cervejinhas a auxiliar, enquanto a trovoada estralejava sem parar.
Camping Pont d'Abense |
Percorremos 166 Km
www.camping-pontabense.com
Sem comentários:
Enviar um comentário