4ª feira, 18/7. Tomado o pequeno almoço, voltámos à A-62, para retomar o nosso caminho, rumo a Valladolid. Enquanto o governo espanhol não se lembrar de introduzir portagens nestas autovias, são o meio ideal para atravessar o vasto território que se interpõe entre Portugal e França, neste caso. Esta via rápida está cheia de camiões, em boa parte portugueses e também automóveis de emigrantes a caminho das férias em Portugal. Saímos na saída 120, a norte de Valladolid, para apanhar a A-11 rumo a Sória. Já anteriormente caímos na asneira de, seguindo as indicações, sair na 130 e depois andar perdidos dentro da cidade, por falta absoluta de qualquer indicação nos cruzamentos seguintes. Este percurso, já nosso velho conhecido, é muito mais fiável. Esta zona central de Espanha, costuma ser de escaldar, nesta altura do ano, mas inesperadamente o dia estava menos quente que no anterior. Sucedem-se os campos de trigo a perder de vista, a maioria já ceifados, com os fardos de palha amontoados à espera de transporte. São centenas de milhar de hectares a produzir cereal de forma rentável que, apesar de monótona, torna a paisagem atractiva. Paramos em Penafiel, para fazer compras e mexer as pernas, prosseguindo depois por Aranda de Duero. A partir daqui a paisagem altera-se, dando os campos de trigo lugar a extensos vinhedos, plantados com rigor, com rega gota a gota dando origem a belíssimas "bodegas", autênticos palacetes, da Ribera del Duero. Continuamos, passando por dentro de San Esteban de Gormaz, para relembrar um hilariante episódio ali vivido há uns anos atrás com um casal amigo. Passámos Soria e seguimos pela N 122 até Tarazona. O parque eleito para esta noite era em Vera de Moncayo a uns 10 Km a seguir a Tarazona. As consultas à internet, nem sempre resultam em boas escolhas. Os preços estão muitas vezes errados ou desactualizados, as imagens não correspondem à verdade, serviços que são anunciados depois não existem, etc. Entrámos no parque debaixo de calor e recebidos por uma nuvem de pó. Aliás, este estava abundantemente presente em todo o parque. As sombras eram praticamente inexistentes. Decidimos ficar com a electricidade fornecida pela bateria, já que nos queriam cobrar 5,40€ pela ligação à rede fornecida por um barulhento gerador. As casas de banho estavam instaladas dentro de dois blocos de contentores metálicos que, submetidos a um sol abrasador, se assemelhavam a frigideiras. Por último, a higiene deixava muito a desejar. Por tudo isto, cobraram-nos 17,64€ sem electricidade, relembro. Foi sem dúvida, o pior parque de todos os que utilizámos. Para terminar o dia, apareceu um grupo de jovens espanhóis que, com zonas vastas disponíveis, decidiram vir instalar-se precisamente ao nosso lado, papagueando altíssimo, como é seu hábito e gastando o resto da tarde a tentar montar uma tenda que se desmanchava a cada nova tentativa...
Percorremos 411 Km; parque - 17,64 € s/ electricidade
www.campingveruelamoncayo.com
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Mosteiro de Veruela |
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