Saímos de Salles-et-Pratvie, rumando a norte, pela bela estrada D-125, que tínhamos percorrido em sentido inverso na véspera. Parámos pouco depois, em Cierp-Gaud, para ir ao Intermarché fazer algumas compras. Os preços da fruta até nos fazia perder o apetite. Os nossos vinhos Mateus e Gatão, marcavam presença, orgulhosos da sua portugalidade numa prateleira bem recheada de Bordéus, Borgonha, La Rioja e tantos outros. Continuámos, agora pela D-825, ladeados pelo rio Garonne, até St Bertrand-de-Comminges. Ao longe, a grande catedral Ste Marie destacava-se, imponente. A localidade, que tem mais de 2000 anos, está impregnada de história e é considerada um dos locais mais importantes dos Pirenéus Centrais em termos históricos e artísticos.
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| Entrada para St-Bertrand-de-Comminges |
Um grande parque de estacionamento, com poucas viaturas ainda, aguardava-nos no sopé da colina que alberga a cidadela. Uma escada com degraus escavados na terra e depois uma íngreme rampa conduzem-nos ao cimo, onde se localiza o conjunto formado pela bela catedral e ruelas estreitas que a envolvem.
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| St-Bertrand-de-Comminges |
Como o calor já se fazia sentir, a subida tornou-se algo penosa, podendo ser evitada recorrendo a um "chora", rebocado por um tractor que sobe e desce alegremente do parque de estacionamento para a cidadela e vice-versa.
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| Portal de entrada da catedral |
A catedral de Ste-Marie é de facto magnífica, começando logo no pórtico de entrada, com as suas belíssimas esculturas.
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| Magnífico orgão e cadeiral |
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| Vitrais da catedral |
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| Catedral - St-Bertrand-de-Comminges |
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| Talha de madeira- St-Bertrand-de-Comminges |
Acabada a visita, a manhã tinha-se esgotado. Era altura de partir. Voltámos à D 825 e entrámos em Montréjeau para logo seguirmos pela D 638 (938).
Pouco depois, num agradável e atractivo parque de merendas, parámos para apreciar um rápido mas bem lusitano almoço. Apetecia-nos ali ficar estendidos na relva até o calor abrandar um pouco, mas ainda havia uns bons quilómetros a percorrer nessa tarde. Assim, continuámos por Bagnères-de-Bigorre e depois, pela D 937 até Lourdes.
Lourdes dispensa apresentações. É um dos principais e maiores santuários marianos, que recebe anualmente vários milhões de peregrinos. Já ali tínhamos estado, no meio das permanentes multidões que todos os dias invadem o santuário e a cidade, mesmo em dias normais. Como gosto muito pouco de confusões e de grandes ajuntamentos, passámos pela periferia sem entrar e prosseguimos pela via rápida D 821 que segue para Sul, até Argelès-Gazost. Em seguida, encontrámo-nos na D 921, que entra na Gorge de Luz, encolhe em largura, mas ganha em beleza.
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| Gorge de Luz |
O trânsito tornou-se mais intenso. É uma zona muito turística, de pequenas cidades muito bonitas, quase todas termais, cheias de restaurantes, esplanadas e lojas de artesanato, como a que chegamos a seguir, Luz-St-Sauveur.
Passada Gorge de Luz e a cidade, entramos na Gorge de Sauveur, que juntas lhe dão o nome. Tudo aqui é magnificente: as grandes montanhas, o manto verde que as cobre, as águas límpidas e rápidas do rio que corre ao nosso lado, as muitas aves de rapina que atravessam o espaço entre as montanhas que nos servem de cenário.
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| D 921 antes de Gèdre |
Chegamos a Gèdre, pequena vila de montanha, com dois ou três restaurantes e outros tantos bares. Já falta muito pouco para o parque que elegemos para este dia, o "Pain de Sucre", já perto de Gavarnie.
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| Entre Gèdre e Gavarnie |
Chegámos, com muito calor e algum cansaço. Na recepção dizem-nos de imediato, com um sorriso (nem sempre é assim) que o parque está cheio. Decepcionados, voltamos para trás. Passamos de novo Gèdre, sabendo que tínhamos visto vários parques pouco antes. Parámos no primeiro, à beira do rio, debaixo de frondoso arvoredo. Le Relais D'Espagne. Muita sombra, rio mesmo ao lado, tranquilidade, apesar de eleito poiso para uma colónia de férias de jovens ingleses, internet wifi, embora paga a 2,50€/dia. Custo do parque: 16,90€/noite.
Percorremos 165 Km
www.vacances-gedre-gavarnie.com
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