Estrada La Guardia-Baiona |
E foi o que fizémos: a estrada está em obras numa boa parte do percurso, para construir uma grande berma do lado do mar. Mesmo assim, pudemos parar com frequência, usufruindo das soberbas paisagens que toda ela nos proporciona. Com os olhos regalados, reentrámos em terras lusas pela ponte de Cerveira, a mesma por onde tínhamos saído. Fizemos o percurso em sentido inverso ao da manhã, por Candemil e Covas, mas como ainda tínhamos cerca de uma hora de luz do dia, decidimos subir à Serra D'Arga. Já que a jornada era destinada a oferecer um brinde à vista, pois que terminasse em beleza! Começámos a subida por uma estrada íngreme, com o piso todo enlameado por obras a decorrer. A subida foi-se tornando cada vez mais acentuada, sempre com o piso molhado e extremamente escorregadio. Há pontos bastante perigosos, pelo acentuado declive e ausência de protecção por rails ou qualquer outra. O dia começou a declinar e, na perspectiva de termos que regressar já de noite por estradas desconhecidas e perigosas, com forte probabilidade de terem gelo em algumas curvas, decidimos ir apenas até Arga de S. João e voltar para trás. Tempo apenas para algumas fotografias de ocasião e regresso ao parque de Covas ao anoitecer. A noite estava menos fria do que a anterior, mas ainda a necessitar de aquecimento suplementar...
Barra de Viana do Castelo |
No dia seguinte não havia geada no solo nem o frio agredia as faces. Depois dos cuidados de higiene, do pequeno almoço tomado, do pagamento efectuado e das despedidas, pusémo-nos ao caminho, percorrendo a estrada N 301 que liga Paredes de Coura a Caminha. Esta estrada sinuosa é de grande beleza paisagística já que bordeja o rio Coura na maior parte do seu trajecto e transitamos sempre debaixo de verdejante arvoredo. Entrámos em Caminha, vila muito bonita, que assiste à entrada do rio Minho no Atlântico e continuámos pela velha estrada Nº 13, que também tem quase sempre o mar por perto. Atravessámos Viana do Castelo e entrámos na A28, pois tínhamos combinado um almoço com amigos em Barcelos e o tempo já escasseava. Saímos no nó 9 de Esposende e dali a Barcelos foi um pulo. Era dia de feira, uma das maiores e mais antigas do país, o que dificultou bastante a entrada e depois o estacionamento na cidade. Almoçámos, conversámos e a meio da tarde arrancámos rumo a Viana do Castelo, desta feita pela Nº 103. Ainda parámos no ELeclerc de Darque, mesmo junto ao Santoinho, para abastecimentos. Depois fomos em busca do parque da Orbitur, no Cabedelo, mesmo na foz do rio Lima e da barra de Viana. O parque situa-se mesmo em frente da praia, óptima localização e tem muitas sombras proporcionadas por gigantescos pinheiros. Fica-se ali muito bem no Verão, certamente. Ainda deu tempo para um passeio ao entardecer, no areal. No dia seguinte estava de novo um frio cortante. Ainda tentámos voltar à praia para umas últimas fotos, mas o passadiço de madeira estava coberto de gelo o que impediu o nosso intento. Assim, partimos, gelados, até ao Eleclerc de Darque, de novo, onde abastecemos de gasóleo e de pão fresco. O regresso fez-se pela Nº 13, até o trânsito se tornar caótico e obrigar-nos a entrar na A28 até ao Porto. Atravessámos o Douro pela Arrábida e entrámos na Nº1 nos Carvalhos. Parámos logo aí, no santuário da Sª da Saúde para almoço e depois continuámos sem mais história até Leiria, onde, como sempre, entrámos na A8 até casa. E assim chegámos ao termo deste terrível ano de 2011, ano de grandes mudanças em termos pessoais, mas que finda da melhor forma: a passear e a contribuir para reanimar a nossa economia...
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