Vale de Aosta |
Assim, e para aproveitar a extensão do percurso, delineámos um itinerário que permitisse aproveitar não apenas o Vale de Aosta, mas a região envolvente, com um pulinho à Suíça e à região francesa de Chamonix e uma estadia de uma semana no regresso, nos Pirenéus centrais. Para o Vale de Aosta ficaram reservados 8 dias e outros 7 para a ida e o regresso, fazendo no total 3 semanas. É claro que não se consegue ver uma região, mesmo pequena, numa semana. Há que ser muito criterioso e selectivo nas escolhas, tentando eleger o principal, sem andar a correr, pois já vão longe os tempos de fazer 1000 Km diários para chegar ao destino e querer ver muita coisa num dia e chegar ao seu final, derreado. Fica muito para ver? Pois volta-se lá de novo! Para o Vale de Aosta escolhemos o alojamento em agriturismo, para ficarmos totalmente integrados no ambiente natural da região. A eleita foi uma quinta agrícola, que se dedica à criação de uma raça valdostana de bovinos, a 8 Km da cidade de Aosta, num plano superior, e que fica com a cidade aos seus pés. Um verdadeiro paraíso! (digilander.libero.it/plandavie/) É difícil lá chegar acima, os 8 Km são feitos sempre por uma estradinha estreita, sinuosa e íngreme, mas vale a pena.
Assim, saímos cedo no dia 21/7, segunda-feira, por Santarém, e A-23, com saída no Fundão para almoço, paragem na Guarda para umas últimas compras, Vilar Formoso, Salamanca, Valladolid e pernoita num hotel que nos serve de poiso habitual neste percurso, um pouco antes de Burgos, na A-62, na saída 16, junto a Cavia, o hotel Rio Cabia. É o ideal para quem deseja apenas jantar e dormir, sem entrar na cidade, pois fica mesmo junto à autoestrada. É confortável, as pessoas são simpáticas, barato, bons quartos, excelente internet, mas sempre com barulho provocado pelos outros hóspedes. É muito utilizado por emigrantes, não só portugueses, mas também espanhóis e marroquinos, que entram a toda a hora, sem qualquer respeito pelos outros, fazendo imenso barulho, batendo com as portas, arrastando móveis, gritando, tanto à chegada, como na partida, os primeiros logo pelas 4 da madrugada! Desta vez, o dono do hotel, que já nos conhece, simpaticamente colocou-nos numa ala sòzinhos, pois sendo segunda-feira havia pouca gente. E de facto dormimos sossegados, sem barulhos. 730 Km, neste primeiro dia.
Levantámo-nos frescos, como a temperatura do ar e regressámos à A-62 e ao convívio com os camiões portugueses, que ali passam incessantemente. Nesta zona de Espanha, é habitual as temperaturas rondarem os 40º nesta altura do ano, mas desta vez estava bastante fresco, providencialmente! Só de tarde o termómetro subiu até aos 31º, já depois de Saragoça.
Prosseguimos pela N 120 por Stº. Domingo de la Calzada, uma das principais estradas do Caminho de Santiago, sempre com imensos peregrinos a caminho, A-12 por Logroño, Tudela, Saragoça e suas estradas pejadas de camiões e optámos por seguir pela N II, estrada chata, com uma paisagem esquisita, de dunas de areão, árida e cheia de filas intermináveis de camiões. Eu chamo-lhe a estrada do "comboio dos duros". Paragem para almoço num restaurantezinho já conhecido, na zona de Bujaraloz, muito utilizado pelos camionistas, sinal suficiente para lá pararmos da primeira vez.
Imagem de marca, na NII, perto de Saragoça |
A-2, Lérida, saída 520 para a C-25, Manresa, Vic e C-17 até uma pequena vila eleita para a pernoita, St Quirze de Besora. As autovias que usámos neste dia, estão com um péssimo piso. Tivemos muitas dificuldades para encontrar o hotel, porque havia obras numa ponte que nos desviavam sempre para longe do centro. Por fim, a pé, lá o encontrámos, um hotel muito simpático, sossegado, confortável,
St Quirze de Besora |
com comboios a passar em frente, à beira do rio e onde nos prepararam uma bela refeição à noite.
635 Km.
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