sábado, 23 de agosto de 2014

VALE DE AOSTA 2014 - 5 COL DU PETIT ST BERNARD

28/7, segunda-feira, era dia para atravessar a fronteira francesa no Col du Petit St. Bernard. Seguimos para oeste pela S-26, sempre cheia de trânsito e semáforos, até Pré-St-Didier, cruzamento importante que segue para norte para Courmayeur e para sul para o Col du Petit St. Bernard. Reservámos a visita a Courmayeur para o regresso à tarde e parámos na vila termal de Pré-St-Didier, envolta num encantador mar de flores.


Todas as casas tinham flores, nas janelas, varandas, parapeitos, quintais.











Mas também os edifícios públicos












E as casas de comércio. Um regalo para os olhos!











Do parque de estacionamento da vila, via-se ao longe e em cima, uma estrutura metálica suspensa num abismo, com gente a mexer-se lá em cima. Decidimos ir investigar. Depois de uma subida por sucessivos cotovelos, chegámos a um desvio que dizia "passadiço panorâmico". E, percorrido um atalho, lá estava o passadiço em aço, suspenso sobre a garganta de um rio.






Lá em cima, dado que o piso é furado, quem tem vertigens sente um arrepiozinho nas partes íntimas, mas a vista é fenomenal. Passámos La Thuile, vila lindíssima, também mergulhada em flores e mais uma vez deixámo-la para o regresso.







Pouco depois aparecia o Lago di Verney, rodeado de montanhas cobertas de verdes pastos até meio e de neve nos cimos. A fronteira com a França, no Col du Petit St. Bernard a 2188m, surgiu logo depois.










Há por aqui diversas estações de teleférico que transportam os entusiastas do ski e outros desportos de inverno até ao cimo dos montes mais altos.








Na fronteira, o cão S. Bernardo é o grande protagonista, em tamanho pequeno, XXL, cerâmica, madeira, peluche, ou ao vivo!










Apesar do frio que subitamente se fez sentir, acompanhando umas nuvens muito escuras, um restaurante com esplanada convidava os veraneantes a sentar-se.








Nesta passagem, já conhecida e usada desde o tempo dos romanos, S. Bernardo fundou um "hospício", para acolher peregrinos que por aqui se aventuravam nestes ermos gelados a maior parte do ano. Foi restaurado há poucos anos e está aberto com as mesmas funções, de Junho a Outubro.







Deve ser agradável passar aqui uma noite de tempestade, com o vendaval a varrer estas paragens, o granizo a bater nas vidraças e as trovoadas a estralejar neste ponto mais alto das imediações.









Depois de uma descida por uma estradinha aos ziguezagues e de um desnível de 340 metros











chegámos à estância francesa de La Rosiére.











As boas vindas aos milhares de motards que percorrem incessantemente estas paragens










e o piquenique à saída de La Rosiére, perante a ameaça iminente de chuva.










Saída de La Rosiére, com a cidade de Bourg-St-Maurice aos pés, antes do dilúvio




A cidade de Bourg-St-Maurice vê-se a partir de La Rosiére, mas para lá chegar...! Faz lembrar Manteigas vista das Penhas Douradas, parecendo ali tão perto, mas acessível apenas depois de 12 Km de curvas apertadas. Depois de "tornantes" que parecia não terem fim, já feitos debaixo de chuva que se foi intensificando, entrámos em Bourg-St-Maurice, interessante cidade de montanha, que só pudemos ver dentro do carro. Demos a volta e passando de novo por Séez, dirigimo-nos a Val d'Isère, parando na barragem de Tignes.

Aqui a chuva já estava mais fraca. Mas a tarde já ia a meio e faltava todo o percurso já feito nesse dia. Chegámos a Val d'Isère e demos meia volta, para regressarmos pelo mesmo caminho. Nas curvas de La Rosiére, além da chuva, chegou também o nevoeiro, a complicar a condução bastante tensa em estrada estreita, sem protecções e com ravinas a espreitar imediatamente ao lado do fim do asfalto.





Em La Thuille agora chovia copiosamente. Saída do carro apenas para colher uma foto de onde, apesar de tudo, as cores das floreiras ainda sobressaíam do cinzento que cobria a povoação. Já não apetecia visitar Courmayeur, com aquele tempo. Assim, regressámos directamente a Aosta e Plan D'Avie.






O tom cinzento era geral.












embora passado algum tempo já se visse de novo o sol, que veio ao fim da tarde dar esperança para o dia seguinte.

258 Km

Sem comentários:

Enviar um comentário