Com algum receio que o mau tempo viesse para ficar, rejubilámos quando no dia seguinte, 30/7, vimos o sol a entrar pelo quarto dentro.
Resolvemos então dedicar o dia aos castelos da região, que os tem em abundância. Desempenhando na sua maioria a dupla função de defesa militar e de habitação palaciana, basta seguir a estrada S-26 para irmos passando de silhueta em silhueta. Na impossibilidade de os ver todos, elegemos 4, pensando visitar 2 de manhã e os outros 2 de tarde. Assim, dirigimo-nos ao primeiro e mais famoso de todos, o castelo de Fénis.
No parque de estacionamento para a visita ao castelo, a vista para um lado era esta: um delicioso hotel e restaurante onde as flores eram rainhas.
No lado oposto tínhamos esta: atrás de sombras misteriosas criadas por esparso arvoredo, avistava-se o enorme castelo de Fénis, mais imponente que as montanhas que o abrigam.
As visitas faziam-se apenas de hora a hora e a seguinte era às 11 horas. A diferença da hora portuguesa para a do centro da Europa, também provoca alguns contratempos. Para nós, são 9,15h, em Itália são 10,15h, o que quer dizer que a visita começava às 11 horas locais e estava passada a manhã!
Enquanto esperávamos fomos vendo as imediações.
O castelo é imponente, com colossais muralhas e torres.
Ao contrário dos nossos castelos, mesmo os bem conservados que só têm pedra nua, este mantém um interior muito bem tratado, com galerias em madeira e frescos em muitas paredes.
Apesar de não possuir um mobiliário muito rico, a decoração vale por si e pelo resto. O guia que nos acompanhou era muito simpático, intercalando umas histórias pitorescas e engraçadas pelo meio da descrição.
Castelo de Fénis |
Logo na aproximação à localidade a paisagem é dominada pela formidável fortaleza sobranceira ao rio e a quem passa na estrada ao lado, dominando o vale. Depois de resolvido o difícil problema do estacionamento, chegámos à base do forte.
Dado o grande desnível entre as várias estruturas do forte espalhadas pela colina, o acesso de umas a outras pode fazer-se por um ascensor panorâmico
através do qual se obtêm excelentes vistas sobre o rio, a aldeia e o vale.
Vista de Bard a partir do seu forte |
O forte tem actualmente duas principais atracções, além de excelente ponto de observação em redor: a antiga prisão onde estiveram detidos os oficiais que o defenderam das tropas de Napoleão, depois da conquista e uma exposição permanente que relata os principais capítulos dessa conquista pelos exércitos napoleónicos em 1810. De facto, esta passagem estratégica era fundamental quer para defensores, quer para os conquistadores franceses que queriam ir mais além. A fortaleza resistiu sempre, devido à sua posição inexpugnável e ao seu poder de fogo, até que Napoleão, enraivecido com a resistência, ordenou um cerco até à sua destruição total.
Todos os vários fortins espalhados pela colina eram repletos de aberturas para bocas de fogo
Havia uma escadaria sem fim que percorria toda a colina, de cima a baixo, unindo todas as estruturas do forte, protegidas de fora.
Hoje a escadaria está inacessível, substituída pelos ascensores exteriores.
Prisão do forte de Bard |
Formidáveis rochedos protegem construções interiores |
Fortim visto de outro num patamar inferior |
Bard (povoação) |
Por isso, limitámo-nos a ver Verrès por fora.
Castelo de Ussel |
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