A vila é muito típica, muito divulgada como ponto incontornável no Vale de Aosta e por isso cheia de turistas de todo o lado. Tem construções muito bonitas, mas depois são inevitáveis as muitas lojas todas dedicadas aos mesmos negócios, com os mesmos produtos expostos e as mesmas multidões deambulando pelo meio. Demos meia volta e continuámos rumo às cascatas de Lillaz, um pouco mais à frente. Aqui sim, apesar de haver bastante gente, não estava a multidão de Cogne.
Chega-se à base das cascatas por um curto caminho depois do parque de estacionamento. O acesso ganha grande dificuldade depois, quando se começa a subir por uma estreita vereda, sempre acompanhados por cascatas cada vez maiores, mais ruidosas e mais caudalosas. Um espectáculo indescritível!
Cascatas de Lillaz |
A combinação das enormes massas de água, as imponentes falésias, o denso arvoredo e o ruído provocado pela água a bater nas rochas, emprestavam ao ambiente algo de irreal e único.
Na povoação, os inevitáveis maciços de flores, espalhavam-se por todo o lado, dando alegria a qualquer recanto.
Com tais paisagens em volta, apetece mesmo é ficar por ali a usufruí-las. E não há como almoçar no meio do verde, das flores, das montanhas e dos rios. Montámos o piquenique e pouco depois passava lentamente por nós um carro dos carabinieri, que depois de ver a nossa matrícula, mais interessada ficou, a ponto de pouco depois voltar a passar, ainda mais devagar. Talvez hesitassem em pedir para provar a comidinha portuguesa...
A parte da tarde foi dedicada aos vales di Rhêmes e Savarenche. Estradas sinuosas, sempre com altas montanhas nevadas e rios caudalosos por companhia. Povoações lindíssimas, de montanha, com muita presença de madeiras e flores.
Toda esta beleza natural, ar puro e natureza quase intocada e bem preservada, atrai milhares de pessoas, ávidas de a usufruir, de bicicleta, a pé, de canoa, ou, como nós, de automóvel ou moto. Toda a região vive primordialmente do turismo, assente na enorme oferta hoteleira, em todas as modalidades, as povoações estão cheias de restaurantes, bares, lojas de produtos ligados ao desporto e, excepto as quintas que se dedicam à criação de gado, toda a economia gira em torno do sector turístico. Quando tudo é belo à nossa volta, o tempo esgota-se rapidamente. Depois de chegarmos ao fim da estrada do Valsavarenche, no pequeno aglomerado de Pont, regressámos, não havendo já tempo para o Val Grisenche. Antes da hora de jantar, chegávamos a Plan D'Avie
Às suas neblinas anunciadoras da noite
Às suas vaquinhas
E às suas flores.
180 Km
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