sexta-feira, 13 de junho de 2014

SS. PICOS DA EUROPA - 6 - BRAGANÇA

     E tinha chegado o dia de regressar. O percurso era para fazer também em 2 dias e queríamos estar no domingo de Páscoa em casa, por isso havia que partir. E lá passámos pela última vez no desfiladeiro de La Hermida, até Panes, mas agora prosseguimos para Norte, até Unquera, para apanharmos a nova A-8, que segue sempre junto ao mar da Costa Verde, por Ribadesella, Villaviciosa e depois, no meio de alguma confusão de autoestradas, umas portajadas outras não, fomos parar onde queríamos, ao nó que liga à AP-66, junto a Mieres, sem pagarmos nada. Ainda percorremos uns quilómetros nesta via, que está indicada nos mapas como sendo autopista, portanto com portagem, mas não pagámos nada. Suponho que, ao contrário do que se passa em Portugal, como este troço foi construído em cima da antiga N 630, não deixando alternativa, não é agora portajado. Saímos pois no nó seguinte, para Campomanes, para a N 630. Havia trânsito muito intenso, com muitas motos, camiões lentos e, claro, imensos ligeiros, tudo em filas compactas. Era sexta feira santa, e certamente havia cerimónias religiosas em León. Parámos pouco depois, num miradouro com área de piqueniques e ali petiscámos, enquanto a fila se ia arrastando montanha acima, até Puerto de Pajares. Aqui, parámos de novo, para ver as vistas, bem bonitas, por sinal.

Sierra de La Casomera
      Ao longe avistavam-se uns cumes da Cordilheira Cantábrica, cobertos de neve. Lá muito em baixo, a saída de um túnel permitia ver um troço da linha ferroviária que vem de Oviedo para León.




Passámos La Robla e pouco depois estávamos em León. Embora esta cidade e sobretudo a sua catedral, estejam na nossa lista de espera, este não era o dia para isso. Atravessámos pois a cidade e continuámos pela A-66, entroncando depois na A-52 até Puebla de Sanábria. Parámos um pouco na sua linda estação de comboios, agora sem nenhum movimento, mas de onde se obtém uma também agradável vista sobre o rio e a velha mas bela cidade. E continuámos por Ungilde, pela estradinha ZA 92, que entra em Portugal por Rio de Onor.

Rio Onor de Arriba


Nesta pequena aldeia tão carismática, é obrigatório parar. Conhecêmo-la desde os tempos em que aqui havia guarda fiscal e uma corrente a servir de fronteira, embora as duas aldeias com o mesmo nome sempre tivessem estado ligadas por laços muito fortes ao longo dos tempos.





O célebre marco fronteiriço que divide os dois países



Entretanto foi descoberta para o turismo e perderam-se os últimos hábitos comunitários que perduraram até ao terceiro quartel do séc. XX, mas continua a merecer uma visita atenta.








    A tarde avançava, já um pouco quente e nós fizemos o mesmo, devagar, atravessando aquele planalto do parque de Montezinho, por Varge e finalmente Bragança. Depois de um passeio pelo centro da cidade, congestionada pela procissão de sexta feira santa, recolhemo-nos ao poiso reservado para essa noite, no hotel S. Lázaro, unidade com uma boa relação qualidade/preço, neste dia quase cheio de espanhóis.


O dia seguinte, foi passado sem história de maior, pela A-4 até Macedo de Cavaleiros, Pocinho, Foz Côa, Celorico da Beira com paragem para compra de queijo da serra num ponto habitual, onde se compra mesmo queijo da serra, almoço em Venda de Galizes, Coimbra, Peniche. Foi uma óptima semana, com o tempo ideal para passear, não muito frequente nos Picos da Europa, em que tudo correu bem, de princípio a fim. É um destino a que não nos cansamos de voltar e por isso... voltamos sempre! Até breve!!

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