O percurso é muito belo, por um caminho junto ao mar, ao longo de várias praias. Encontramos muitas casas de férias mesmo à beira do mar, nesta altura quase todas ocupadas. É preciso olhar bem para o chão, pois este está crivado de dejectos de cão. Quase toda a gente que passa vem acompanhada pelo respectivo lu-lu. Há também em alguns locais, esgotos a correr para o mar.
Pormenor interessante, no GR-34 |
Depois de alguns quilómetros, voltámos para trás, já com o apetite bem desperto e tivemos que o acalmar. A tarde foi de praia.
O dia 24/7 era de partida para o segundo ponto de apoio na Bretanha, agora, na costa Norte. Partimos por Quimper, depois pela N 165 até Châteaulin, N 164 Pleyben. Aqui parámos para visitar a grande igreja que encontrámos no centro.
Igreja de Pleyben |
Por dentro, a traça já habitual nas igrejas da Bretanha, com um grande conjunto de belos vitrais.
Vitrais da igreja de Pleyben |
A partir daqui, começámos a rumar a Norte e a paisagem modificou-se, com mais vegetação e algumas montanhas. Passámos a Montagne St-Michel, que tem um santuário no cume e pouco depois a Roc Trévezel, assinalada e com um parque de estacionamento reservado. Parámos, fomos observar, mas vimos apenas umas rochas perfeitamente banais e regressámos. Passámos Pleyber-Christ e à saída, num belo parque de piqueniques, aproveitámos para almoçar, antes de entrar na via rápida onde entrámos passados uns 3 Km, a N 12. Passámos ao largo de St-Brieuc e em Lamballe apanhámos a D 768 até Poubalay. 5 Km depois estava o nosso destino para os dias seguintes: St Briac-s-Mer, estância balnear encantadora, cheia de moradias sumptuosas de gente abastada. A pequena vila é antiquíssima, cheia de charme, casas lindas de pedra e grandes quintais com árvores e relvados, mas o seu centro é constituído por vielas estreitíssimas. Às tantas, vimo-nos nas traseiras da igreja, num beco apertado. Parei e fui a pé avaliar as possíveis saídas. Havia três, duas das quais onde era proibida a circulação e uma terceira tão estreita que mal cabia um automóvel normal. Fomos a uma "patisserie" perguntar onde ficava o parque e se a única saída seria aquela viela estreita. A "madame" respondeu-nos que sim, mas que nenhum camping-car ali cabia. No entanto, depois de vir à rua e fazer uma avaliação visual, achou que afinal era possível a passagem. E com os espelhos recolhidos e um morador à frente a auxiliar a manobra, mesmo que tenha "podado" as hortênsias dos canteiros, lá passámos e pouco depois já se viam as placas a indicar o nosso destino: camping Point Laurin, mesmo à beira do mar e na foz do Frémur.
St-Briac-s-Mer |
O parque é muito agradável, bastante grande, com alvéolos muito espaçosos em relva, embora a maioria não tenha sombra, as casas de banho são grandes, novas, muito limpas, com o bloco sanitário separado dos duches, tem internet Wi-fi, mas não tem sequer um bar onde tomar nada. Ao lado fica a foz do rio Frémur que se enche na maré cheia e esvazia completamente logo a seguir na maré vazia. É impressionante ver o movimento das marés, agora com uma amplitude bem superior à da costa Sul. A água sobe com enorme rapidez, em pequenas ondas que parecem empurradas por mão invisível. Do lado de fora, entre a vedação do parque e o mar, passa também o GR-34!
314 Km
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