sexta-feira, 30 de agosto de 2013

BRETANHA 2013 - 11 ( Monte St. Michel)

     A escolha do parque em St. Briac, foi feita para que servisse de base a 3 visitas em redor: St Malo, Monte St Michel e Dinan. A sexta feita 26/7, foi destinada ao Monte.
     Saímos pela D 603 e D 137 e depois D 176 até Pontorson. A partir desta localidade são apenas uns 8 Km até aos parques de estacionamento para visitantes do Monte. Viagem curta e rápida. Uns quilómetros antes da chegada, já se vê o belo Monte, ao longe, e o seu perfil inconfundível.
Vista desde o parque de estacionamento



Apesar de ser dia de semana e ainda cedo,  os parques de estacionamento já se encontravam bastante ocupados. Mas a área reservada aos veículos é imensa, com dezenas de parques numerados, por classes de veículos. Primeira surpresa à chegada às cancelas: um relance rápido à máquina emissora de bilhetes indicava o preço de 20€/dia. Entendi que esse preço seria para todo o dia, ou até para pernoita, no caso das autocaravanas. Há um mar de gente em permanência a sair dos parques de estacionamento a caminho do local de embarque nas "navettes", pequenos autocarros que nos transportam "gratuitamente" até ao Monte. O trânsito automóvel é interdito a partir deste local.

Há "navettes" constantemente a sair e a chegar ao Monte e a despejar milhares de visitantes. Este é o 2º monumento mais visitado de França, a seguir à torre Eiffel. A imagem tantas vezes vista em publicações, na televisão, em documentários, ali estava à nossa frente, imponente, não deixando ninguém indiferente. Câmaras de toda a espécie disparavam e toda a gente queria eternizar o momento, em imagens. Grupos enormes de japoneses andavam por todo o lado.


A maré estava a encher, produzindo enormes correntes ao lado do passadiço que dá acesso ao Monte. Antigamente, o Monte era uma ilha e as pessoas tinham que esperar pela maré vazia para lá chegar, atravessando o areal e depois aguardar por outra maré para poder sair. Agora existe um istmo e há um grande passadiço em construção ao lado.

Entrada principal, tapada na maré cheia






Como a água já tapava a entrada habitual, houve que entrar por uma pequena porta existente num dos torreões.








Imagem da travessia, há uns anos atrás

















Entramos imediatamente numa rua muito estreita, só de comércio, de tudo o que existe nos locais com muito turismo: pequenos hotéis de charme, imensos restaurantes, pastelarias, bares ou apenas balcões de venda de alimentos e comidas rápidas; imensas lojas de artesanato e lembranças alusivas ao local. 



Muralhas e torreões



Uma boa parte da ilha é rodeada de muralhas com torreões, que foram erigidas para proteger a abadia dos ataques dos ingleses, na guerra dos cem anos.









Além da "grande rue" e das muralhas, a grande atracção do Monte é sem dúvida a sua abadia beneditina.








Entrada para a abadia



No topo da "grande rue", uma grande escadaria leva-nos à entrada da abadia. Esta é de facto o grande motivo de visita ao Monte. A sua construção foi iniciada no séc. X, em 966. É enorme, leva algum tempo a visitá-la, desde a grande igreja, às inúmeras capelas, o convento com as suas salas, claustros, refeitório, etc.




Igreja da abadia










Claustros

Sala dos cavaleiros



















Do topo das suas muralhas avista-se um panorama sublime. Para Sul, vê-se a foz do Couesnon e a planície onde ficam os parques de estacionamento. Lá em baixo, a capela de St Alberto e a torre de S. Gabriel. No horizonte e ao fundo da grande baía, vê-se para Oeste, o porto de Cancale e em frente a ilhota de Tombelaine.




Foz do Couesnon e passagem de acesso ao rochedo.

Ilha de Tombaleine


Não apetecia deixar o grande terraço e o topo da muralha, com vista tão grandiosa. Mas a fome apertava e era tempo de descer, à procura de uma daquelas sanduíches enormes que víramos naqueles inúmeros restaurantes da Grande Rue.
Torre de St. Gabriel










Compradas as sanduíches, saímos da muralha para o exterior, agora já pela saída normal, pois as águas tinham descido imenso e sentámo-nos no muro que existe lá fora, enchendo os olhos com a formosura daquele magnífico conjunto. Fomos em seguida até ao ponto de recolha das "navettes" e fizemos o caminho de regresso. Existem muitas máquinas de pagamento do estacionamento. Quando introduzi o meu "ticket", apareceu-me no écran o montante mínimo de pagamento: 20€!! Afinal sempre era este o montante mínimo. Fiz umas rápidas contas de cabeça. Havia dezenas de parques, todos cheios. Seriam largos milhares de automóveis, autocaravanas e autocarros. A 20€ a unidade, é fácil chegar a um número médio... Umas dezenas de milhar de euros diários, só em estacionamento! E isto todos os dias do ano! Para quê totolotos?
      Lançando um último olhar ao Monte, fizemos o caminho de regresso sem percalços, chegando ainda cedo ao parque, para uma tarde de descanso, recesso e "dolce far niente". Tinha sido um dos pontos altos da viagem. Gosto imenso de cumprir estes objectivos...



Bilhete de entrada, sem guia, na abadia: 9€.

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