quinta-feira, 26 de setembro de 2013

BRETANHA 2013 - 16 (ORTHEZ)

   31/7. Íamos iniciar o antepenúltimo dia de viagem. Este seria para chegar o mais próximo possível da fronteira com Espanha, sem visitas e paragens apenas para o imprescindível. Apanhámos a D 759 por Loudun e a D 347 até Poitiers. O dia estava muito quente. Contornámos Poitiers e prosseguimos pela N 147, por Bellac, até Limoges. Estradas intermináveis, com muitas autocaravanas. Dos dois lados, belos campos cultivados, com milho, trigo, girassol, vinha. N 21, por Chalus. Almoço numa área de serviço. Em Périgueux enganámo-nos numa rotunda e fomos parar dentro da cidade. Voltámos para trás, procurámos a saída pretendida para Bérgerac, mas a única indicação era azul, para autoestrada. Depois de voltas à procura, acabámos por entrar aqui e afinal havia uma saída mais à frente para a N 21. Passámos Bergerac e depois pela D 933, Marmande e Mont-de-Marsan. O dia declinava e com o calor e longo percurso, o cansaço já se fazia sentir, de modo que decidimos pernoitar em Orthez. Camping agradável, municipal, com uns bengalis ocupados por trabalhadores da construção civil. Fizemos 614 Km e pagámos 16 € pela pernoita.
    Antes das 6 horas, já os trabalhadores saíam com as suas carrinhas, em grande alvoroço. Nós aproveitámos a deixa e saímos antes das 7 horas. Prosseguimos pela D 933, por Salies-de-Béarn, Sauveterre-de-Béarn, duas vilas muito bonitas a requererem mais atenção numa próxima vez, e a nossa já bem conhecida St-Jean-Pied-de-Port, agora sem parar.
St-Jean-Pied-de-Port
     Agora, restava-nos fazer o caminho inverso ao da ida. Pamplona, Burgos. Almoço rápido à sombra de uma estação de serviço desactivada entre Burgos e Logrono, pois o sol queimava. Já lá estava um camião português com o seu "estaminé" montado, para umas costeletas fritas e salada de tomate. Chegaram depois mais 2 camiões, um português e outro espanhol. Aquela estação já deve ser "restaurante" habitual... A partir de Burgos, a autoestrada ficou cheia de carros de emigrantes portugueses. Havia mais matrículas francesas que espanholas! Quase todos com atrelados, bagagem, motas de água, motos 4, bicicletas. Um autêntico êxodo! Só começou a descongestionar um pouco a partir da bifurcação para Zamora. Pernoitámos de novo no Camping Olímpia, a 12 Km de Salamanca, na A-62. Já depois das 22 H, chegaram 2 carros com atrelados para dormir no hostal. Emigrantes portugueses, claro. Eram 3,45H, saíram, debaixo de grande algazarra, confirmando assim que eram portugueses.
     E o restante caminho foi feito sem história, por Vilar Formoso, Sabugal, Fundão. Aqui, as saudades da bela comida portuguesa falaram mais forte. Entrámos num pequeno restaurante com aspecto agradável e comemos umas belas pataniscas com arroz de feijão depois de umas entradas divinais. Refeição farta, com bom vinho e sobremesas para 2, por 14 €! Estávamos definitivamente na nossa terra portuguesa! Comprámos ao lado numa pequena mercearia uns belos pêssegos do Fundão, que eu identifico em qualquer lado só pelo cheiro. Depois, confirma-se pelo gosto, o melhor de todos os pêssegos que se podem experimentar. Guarda, Castelo Branco, paragem na Carregueira para comprar fruta barata acabada de apanhar, e legumes, ao agricultor, já conhecido.Santarém, Peniche.

       Chegava assim ao final uma bela viagem, em que tudo correu muito bem, sem nenhum incidente, cumprindo quase por inteiro o itinerário preparado. Fizemos no total 4990 Km, gastámos 500 € em gasóleo e 346 € em parques de campismo. Estas foram as duas maiores despesas. França é de facto um país óptimo para passear de carro. Muito bonito, diversificado, seguro, organizado, as pessoas em geral são simpáticas e hospitaleiras. Experiências a repetir... Vamos já começar a preparar o itinerário para o próximo ano. Até lá!

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