segunda-feira, 16 de setembro de 2013

BRETANHA 2013 - 14 (VALE DO LOIRE)

29/7. Era tempo de começar a rumar a sul. Tal como na viagem à vinda, tínhamos programado a travessia do território francês em 2 dias, para não ser muito cansativo.

O destino era a cidade de Chinon, no Vale do Loire, situada nas margens do rio Vienne, afluente do Loire. Deixámos St. Briac-s-Mer, com pena e tomámos a D 603 para St Malo. Parámos na barragem du Rance, para tirar umas fotografias.







Apercebi-me de imediato que se preparava uma eclusagem, pois dirigiam-se inúmeros barcos de todos os tamanhos para a eclusa da barragem, de um lado e do outro. Os que vinham de Dinan, começaram a entrar até não caberem mais.








Em seguida, fecharam-se as cancelas que bloqueiam o trânsito na autoestrada para St Malo, o que forma filas de quilómetros nesta altura do ano. A ponte levadiça, que faz parte dessa autoestrada, começou a levantar-se até ficar na perpendicular, para deixar passar os veleiros sem terem que arrear os mastros.






Passaram os barcos para o lado de St Malo e da foz do Rance e depois entraram os outros, para fazerem o percurso inverso. Só depois é que a ponte começou a baixar, ao mesmo tempo que a eclusa enchia. Todo este processo é  moroso e pouco prático, levando pelo menos 10 minutos com o trânsito parado à espera. É muito interessante para os turistas, mas imagino a impaciência de quem faz este trajecto habitualmente...

St Malo, vista da barragem du Rance
Depois de deixarmos escoar as centenas de viaturas acumuladas, demos uma última vista de olhos a St Malo e seguimos viagem. D 137, até Rennes, capital da Bretanha. Viam-se agora imensos carros de matrícula inglesa, certamente desembarcados dos ferries em St Malo. Não queríamos entrar na cidade e não era preciso, não o querendo, pois todas estas cidades têm circulares que escoam todo o trânsito sem ser necessário entrar nelas.Mas um erro numa saída atirou-nos para dentro de Rennes. Demos umas voltas por ali e voltámos à circular externa para apanharmos a via rápida N 157, para Laval. Saímos na saída 5, para a D 57, pois a partir deste nó, a autoestrada passa a ser paga. Em Laval foi bem difícil encontrar a estrada que pretendíamos seguir, a D 21, para Sablé-s-Sarthe. Ao contrário do que é habitual, contornámos rotundas, voltámos para trás, demos voltas, para finalmente encontrar a saída correcta. Almoço numa área de piqueniques.D 306 La Fléche, Le Lude, Chateau-la-Vallière. Prosseguimos pela D 34, uma enorme recta de 27 Km, pelo meio de bosques. A meio, um desvio por uma estradinha estreita que indicava o "chateau" de Champchevrier.


Fizemos o desvio, por baixo de enormes árvores e logo que estacionámos levantou-se um terrível vendaval acompanhado de um forte aguaceiro que só nos deixou tirar 3 fotografias ao chateau. Voltámos à estrada e pouco depois chegámos a Langeais, cidade muito bonita, também com um lindo castelo. Nesta zona, as indicações de "chateau", estão por todo o lado, em grande quantidade.

Langeais, ponte sobre o Loire


Atravessámos a bela ponte sobre o rio Loire, a caminho de Azay-le-Rideau, outra cidade onde existe um dos mais famosos chateau do Loire. Como aqui voltaríamos, passámos sem parar, atravessando o rio Indre e tomando nova recta, agora com 18 Km, na D 751, sempre pelo meio da Forêt de Chinon. Contornámos Chinon, atravessámos o rio Vienne e entrámos na cidade pelo sul. Atravessando nova ponte, agora no centro da cidade, achámos o parque de campismo logo ali, à beira do rio e mesmo em frente ao imponente chateau de Chinon.
Chateu de Chinon
O parque estava quase cheio. Tem uma óptima localização, perto do centro da cidade, que iria estar em festa nesse fim de semana. É também um bom centro de apoio para quem queira explorar a grande quantidade de castelos, vinhas e belas cidades em redor, no vale do Loire.


Instalámo-nos, com franceses e ingleses a observar atentamente a pequena autocaravana com montagem portuguesa e que suscita sempre grande curiosidade por onde passamos. Houve ainda tempo para atravessarmos a grande ponte sobre o Indre, darmos uma pequena volta pela cidade e regressar à beira rio.






Há ali uma esplanada mesmo junto às águas e um pequeno cais de embarque para passeios de barco. Ficámos por ali a absorver aquele ambiente e fomos depois jantar. Ao anoitecer o cenário transformou-se numa visão majestosa para o lado oposto do rio, com o castelo todo iluminado e oferecendo-nos um espectáculo grandioso que nos agarrou junto às margens durante largo tempo.

Vista nocturna do castelo de Chinon


         365 Km               Parque Point Laurin (St Briac) 101€ (5 noites)

1 comentário:

  1. É bom retratares todas estas paragens, para um dia recordar, pois de outra forma seria difícil memorizar tanta beleza!!!Boa viagem!!Dina

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