quarta-feira, 13 de março de 2013

AMENDOEIRAS 2013 - ll

     Depois da grande volta pelas amendoeiras, o dia estava destinado a ser mais calmo. Percurso já habitual e de visita obrigatória quando por ali estou, é Freixo de Numão, sua estação de caminho de ferro junto ao Douro e o almoço no restaurante Bago de Ouro, em frente. Parti a meio da manhã, com sol mas também um pouco de frio. Como cheguei ainda cedo à estação, fui até ao pequeno cais fluvial.

Cais de Freixo de Numão
Depois de fazer tempo, subi até ao restaurante que, apesar de ser dia de semana, ficar no fim de uma longa estrada sem saída e numa zona de fraquíssima densidade populacional, se encontrava razoavelmente frequentado. Como sempre, almocei muito bem por uma módica quantia e com o suplemento de dois comboios nesse espaço de tempo. Saí para o sol e subi uns 500 m até um ponto alto, onde existe um local na berma da estrada que me serve de poiso para estender a vista sobre o Douro, a ponte do Preguiça, onde passa o comboio sobre a foz da Ribeira de Murça e os barcos que cruzam o rio, quando é a época.


Satisfeitas as retinas, subi de volta a Freixo de Numão, parando um pouco antes da entrada da povoação para explorar uma pequena cascata que sabia ali existir.


Depois de testada a frescura da água, continuei, por Touça e Sebadelhe, virando à direita no cruzamento seguinte, com o objectivo de fazer uma visita à quinta do Vesúvio e seu apeadeiro. Passado o cruzamento para Numão, que tem um belo castelo, a estrada estreita-se e começa a descer numa sucessão de pronunciadas curvas. Como também não tem saída, destinando-se exclusivamente a servir as quintas e o apeadeiro, o trânsito é quase inexistente.

Quinta do Vesúvio
 Depois de mais um périplo por entre vinhas, agora adormecidas, cheguei ao rio Douro. À esquerda, o belo palácio da quinta do Vesúvio, mandado construir por D. Antónia Adelaide Ferreira e que pertence agora a ingleses, como tantas outras em todo o Douro.

Ali em baixo a temperatura era agradável. O silêncio era apenas cortado a tempos por alguma ave de passagem ou um ou outro tractor em trabalhos nas vinhas. Sentei-me a gozar daquela paz, da esplêndida vista e do afago do sol e por ali me deixei ficar até meia tarde. Ainda esperei que chegasse um comboio com destino ao Pocinho, mas como passada meia hora ainda não tinha aparecido, resolvi partir e ir espreitando na longa subida. Efectivamente, a meia encosta, vi-o chegar, ao longe...

Comboio chegando ao Vesúvio
A tarde declinava e a temperatura baixava rapidamente. Chegado ao cimo, ao cruzamento, segui em frente, pelo meio de mais vinhas, nesta época com muitos trabalhadores a podá-las, a caminho de Cedovim. Depois, Ranhados e algum tempo depois, Meda. Estava passado mais um dia. O frio intensificava-se e a previsão para o dia seguinte era de agravamento do estado do tempo, mas nada que me fizesse imaginar o que me esperava no dia seguinte...

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