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Piscinas municipais - Meda |
O parque de campismo de Meda é muito agradável e tem muitos argumentos para cativar potenciais utentes e transformá-los em fiéis utilizadores, como é o meu caso. Simpatia inexcedível das recepcionistas, óptimas instalações e bem cuidadas, espaço interior muito apelativo onde apetece permanecer, bem localizado, dentro da cidade mas sem receber ruídos ou intromissões indesejadas, idealmente situado em termos geográficos, a Norte da Guarda e já bem perto do Douro, constituindo um excelente ponto de apoio a explorações numa vasta área circundante. Foi, mais uma vez o que fiz no sábado. Dirigi-me a Freixo de Numão, linda aldeia por onde passo sempre a caminho da estação de caminho de ferro com o mesmo nome. Por ali andei a passear, pois tem inúmeros pontos de interesse, especialmente no que diz respeito a património arquitectónico e arqueológico. Mais uma aquisição de azeite na adega cooperativa local e comecei a descida para o Douro, a caminho do restaurante Bago de Ouro, junto à estação. O caminho ainda é longo, mas nem se dá por ele e pelas sucessivas curvas, tal é a sua beleza.
Depois do belo almoço e sobretudo do belo vinho que o acompanhou, rematado pela aguardente de fabrico próprio que abre caminho até ao estômago a sopros de maçarico, achei melhor ficar por largo tempo num mirante privilegiado sobre o rio, numa "longue-chaise" e ali proceder à lenta e dificultosa tarefa de dissipar os eflúvios efeitos de tão copiosa refeição. Tenho sempre a sorte de ver passar algum comboio, se não é dia de greve, ou barco de cruzeiro, num rio cada vez mais cobiçado pelo turismo.
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Ponte junto à Petiscaria Preguiça |
Deixei-me ficar por ali, acariciado pelo sol e enfeitiçado pelo panorama arrebatador.
A meio da tarde, já com melhores condições para empreender o caminho de regresso, embora relutantemente, fiz-me à estrada, para enfrentar as curvas e a ininterrupta subida até Freixo de Numão, passando depois por Touça, Poço do Canto e Meda.
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Douro - Junto à estação de Freixo de Numão |
O dia seguinte, domingo, era finalmente tempo de regressar a casa. Optei por voltar à serra da Gardunha, para comprar cerejas e assim, fui por Celorico, a velha N 16 por Porto da Carne até à Guarda e daí pela N 18, por Belmonte, Covilhã e Fundão. Comprei as minhas cerejas a um vendedor na estrada da serra e almocei em Alpedrinha. A N 18 acaba dentro de Castelo Branco, numas rotundas sem indicações, talvez com o objectivo de nos empurrarem para a A-23... Eu que conheço o país e as estradas de fio a pavio, fiquei ali um pouco confundido, até que, depois de chamar uns nomes bem feios aos responsáveis da EP, consegui encontrar a N 3 e por ali me enfiei. Passei Sarnadas de Ródão e só me lembrei da marotice da EP de eliminar uns quilómetros desta estrada, quando pouco depois de Alvaiade a estrada acaba numa rotunda com apenas duas hipóteses: a entrada no IC-8 para Pombal e a... A-23! O antigo troço entre Gardete e Alvaiade simplesmente não existe, ou seja, a A-23 neste percurso de quase 20 Km não tem alternativa. Numa determinação sem apelo enfiei-me pelo IC-8. SCUTS portajadas é que não! E lá fui, Proença, Sertã, Pedrógão, Pombal, Leiria, Peniche. E assim terminou uma semana intensa, com tempo excelente para passear e para fomentar a economia portuguesa...
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Provando as belas cerejas do Fundão |
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Colheita transmontana do belo fluido mediterrânico |
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