domingo, 20 de abril de 2014

FDS CASTRO VERDE

    No princípio desta Primavera, decidimos ir ver como estava o Alentejo. Normalmente, quando há Invernos chuvosos, as Primaveras são sempre bonitas, com os campos muito verdes e floridos. Saímos de Peniche numa sexta feira a meio da tarde, a fim de ir já dormir no destino, no caso, em Castro Verde. O parque de campismo, óptimo, tem uns apartamentos com uma excelente relação qualidade/preço, que aproveitámos. Depois de uma rápida travessia, pela A-2, chegámos a tempo de jantar em Castro Verde e de dormir uma noite descansada.
    No dia seguinte, apanhámos a EN 123 até Mértola. Os campos já estavam de facto muito verdes, com os trigais a ondular ao vento, embora ainda sem muitas das flores campestres que habitualmente pintam o Alentejo na Primavera. Mértola é sempre bonita. Com uma temperatura agradável, ainda melhor.




Percorremos demoradamente as suas ruelas estreitas, com sabor mourisco, namorando o Guadiana que corria plácido, em baixo.










A vila, cheia de pontos de interesse, é para ser apreciada com vagar, sem pressas. Há muitas casas interessantes, muitos pequenos museus, muitas oficinas a trabalhar ao vivo.










Subimos por uma das vielas, até ao castelo.











Junto a este, fica aquela que é o ex-libris da vila: a sua igreja matriz, outrora mesquita, antes da reconquista cristã. O seu interior não engana, com o tecto em arcos apoiados em colunas.









As pernas já pediam tréguas e o estômago fazia côro. No Alentejo havia que degustar alguma das suas especialidades. Ali mesmo debruçado sobre o Guadiana, o Migas serviu-nos a preceito, uma deliciosa carne de porco com migas, pois claro, um pão incomparável e um vinho tinto de Pias que até se mastigava!




     De tarde, resolvemos fazer uma visita ao Pulo do Lobo, local misterioso que já não via há muitos anos. Dessa outra vez, tinha feito a abordagem pela margem esquerda, a partir de Serpa, depois de uma autêntica aventura todo o terreno, por atalhos e travessias de ribeiros. Agora, há asfalto até quase ao local, por Corte do Gafo e Amendoeira. A 1,5 Km do Pulo do Lobo, há um portão em ferro, sempre fechado, mas que o proprietário do terreno, permite que se abra e após um caminho em terra batida com muito pó, chegamos ao ponto em que o Guadiana entra nuns rápidos, numa paisagem estranha naquelas paragens, com muitas rochas e crateras abertas no leito do rio.

    Regressámos a Castro Verde para jantar. Agora o poiso escolhido foi o restaurante Verde Market, considerado um dos melhores restaurantes da vila. De facto, sem o podermos comparar, pois não conhecemos os outros, o serviço foi impecável, quer em simpatia, quer na qualidade e sabor das plumas e dos secretos de porco, mais uma vez acompanhados magistralmente. Devidamente reconfortados, recolhemo-nos ao apartamento.
    O dia seguinte de manhã, foi dedicado ao concelho de Ourique. Começámos pela estação ferroviária, por onde já apenas passam os comboios vindos das minas de Neves-Corvo.



Os campos verdes a perder de vista, deliciavam-nos.










Depois de atravessarmos campos imensos, onde o verde era rei, a paragem seguinte foi na barragem do Monte da Rocha, enorme espelho de água, bem nutrido por um Inverno pródigo em chuvas.









Regressámos a Castro Verde, para um almoço rápido antes de empreendermos o regresso, por Aljustrel, Alvalade, Grândola e Alcácer do Sal, onde parámos para desentorpecer as pernas.









Sabe sempre bem um passeio à beira do Sado, antes do troço final. Depois, Lisboa e ao começo da noite estávamos em casa, depois de mais um excelente fim de semana.

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