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Rabaçal às 8,30 H |
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Rio Rabaçal em degelo |
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Eclusa da barragem do Pocinho |
Terça feira, dia 21, dia de Entrudo. O dia amanheceu gelado, por ali. O rio Rabaçal, parcialmente solidificado, corria apenas num fio, ao centro. Água nos sanitários não havia, gelada nos canos. O melhor era esperar, com o aquecimento ligado, pois a estrada também não devia estar nas melhores condições de segurança. Barrete enfiado (literalmente), lá fui fotografar o que achei que merecia, embora a máquina também protestasse contra o frio. Com as antigas, de rolo, não me lembro de quaisquer protestos em quaisquer condições... Até as máquinas já são piegas... O único sinal de vida era dado por alguns pássaros madrugadores saltitando de galho em galho, talvez para se aquecerem. Depois de a água descongelar nos canos e de tomado o pequeno almoço, arrancámos para Torre de D. Chama, pela N 206 e aí virámos para sul, até Vilares, Vilarinho do Monte, que faz jus ao nome com uma subida de se lhe tirar o chapéu, estrada municipal que passando debaixo do IP-4, vai desembocar em Macedo de Cavaleiros. A cidade estava a acordar, tiritando de frio. Aqui dentro também é preciso adivinhar onde virar para apanhar a N 216 com destino a Mogadouro. E com as inevitáveis obras que há em todo o lado, a baralhar-nos a memória... Lá nos socorremos da menina do GPS, desta vez sem nenhuma partida. Encontrado o rumo certo, passámos Chacim, onde um grupo de foliões mascarado de um pelotão do exército nos mandou parar para verificação de documentos. Como tudo estava em ordem, pudemos prosseguir pela estrada quase deserta, atravessando a ponte sobre o Sabor e depois atacando a interminável subida até Mogadouro. Aqui chegados, eram horas de almoço. Há nesta vila um restaurante que muitos reputam de disputar o primeiro lugar em Trás-os-Montes, a Lareira. Tem uma posta mirandesa divinal. Desta vez porém, optámos por comprar comida já pronta e fazer a refeição mais rapidamente na autocaravana, junto do parque de campismo, encerrado nesta época. Logo após, prosseguimos pela N 221, por Lagoaça, onde existe uma estação de caminho de ferro da antiga linha do Sabor, recuperada e transformada numa pequena estalagem com restaurante. Seguimos por Carviçais, terra do célebre restaurante "O Artur", Carvalhal, local onde existiam as minas de ferro de Moncorvo que dizem ir ser reactivadas, e Torre de Moncorvo. Aqui fomos até à área de serviço para autocaravanas despejar águas sabonetadas. Descemos depois pela estrada que serpenteia pela montanha já a ver-se a barragem do Pocinho lá ao fundo e finalmente lá chegámos. Continuámos pela estrada antiga (N 102) que passa dentro de V N de Foz Côa. Não se via grande movimento, ao contrário de anos anteriores neste mesmo dia. Prosseguimos até Longroiva, onde virámos para pernoitar de novo em Meda. No dia seguinte era tempo de regresso. Passámos pela barragem de Ranhados, quase vazia, que abastece Meda, a caminho de Penedono e seu belo castelo roqueiro. Continuámos por Sernancelhe, pequena vila sem grandes atractivos, Aguiar da Beira, que no chamado largo dos monumentos concentra a maioria dos seus motivos de interesse, com o pelourinho, a torre do relógio, a Fonte Ameada, a casa dos magistrados e os paços do concelho. Passámos Sátão sem parar e pouco depois entrávamos em Viseu. Estacionámos no largo da feira de S. Mateus e embrenhámo-nos pelas ruelas estreitas da parte velha da cidade, com o seu comércio antigo onde se vende de tudo. Ali almoçámos numa tasca, "O Gonçalinho", uma entre tantas onde se come bem por módicos preços, não sem antes entrarmos na velha e imponente sé, ao lado do museu Grão Vasco. Horas de nos aproximarmos de casa, pela velha N 16. Parámos nas termas de S. Pedro do Sul, para nova descarga de águas na respectiva área de serviço e continuámos por Vouzela, Oliveira de Frades, até Albergaria-a-Velha, onde entrámos na N 1 até Leiria. Sem mais que contar, chegámos a Peniche e assim passámos mais um Carnaval, desta vez sem chuva mas com muito frio. Contas feitas, fizémos 1000 Km. Até à próxima...
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