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Parque biológico de Vila Flor |
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Parque biológico de Vila Flor |
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Parque de campismo de Valpaços |
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Ponte romana sobre o Rabaçal |
O parque de campismo de Vila Flor é um dos meus parques de referência e que me traz gratas recordações de juventude. É grande, muito arborizado, mas tem vindo a degradar-se de há uns anos para cá. Os blocos sanitários carecem urgentemente de manutenção, e quanto a segurança... Já são várias vezes que o visito nos últimos três anos, entro num dia saio no outro e não encontrei ninguém na recepção. O portão está sempre aberto, portanto é um parque em self-service... Antes de nos irmos embora, fomos dar a volta à barragem do Peneireiro, mesmo por cima do parque. É confrangedor olhá-la! O nível da água está igual ao final de Agosto! Fomos em seguida visitar o parque biológico também ali ao lado, com várias espécies animais, entre elas diversas aves e mamíferos. Seguimos então rumo a Mirandela, paragem incontornável quando andamos por estas bandas. Esta é uma das cidades onde nos abastecemos de azeite e de produtos de fumeiro. Antes, ainda parámos no Cachão, para uma olhadela à estação de caminho de ferro. Ainda sai daqui até Mirandela aquela "caranguejola" esverdeada que substituiu o comboio há uns anos e que foi protagonista dos acidentes que serviram de pretexto ao encerramento da linha. Seguimos depois para Mirandela, onde estacionámos em frente à antiga estação, edifício imponente e agora em ruínas, imagem alegórica do país... Cirandámos pelas ruas da cidade, que é muito bonita. Lojas antiquíssimas convivem lado a lado com modernos pronto-a-vestir, a rua principal cheia de estabelecimentos de venda de produtos "gourmet", recheados de coisas deliciosas! As montras prendem o nosso olhar que avalia alheiras, chouriços, salpicões, farinheiras, morcelas, presuntos, vinhos, azeites, mel, pão, azeitonas, uff! Torna-se inevitável entrar e comprar! Saímos, as mãos cheias de sacos pesados e a carteira mais leve, para tentar arrumar tudo no frigorífico da autocaravana. O cheirinho exalado por aquela parafernália de iguarias, abriu-nos inevitavelmente o apetite, empurrando-nos de novo para a avenida junto ao Tua à procura de poiso para acalmar o estômago. Uma placa junto à porta de um pequeno restaurante sem grande aparência, chamou-nos a atenção e entrámos. Tivemos que provar uma bela alheira acompanhada de um arroz de feijão, regado com um vinho tinto da zona, uma sopa divinal, rematada por um leite creme e um café, tudo por 12€ para dois! Ainda há lugares assim! Satisfeitos, arrancámos a caminho de Valpaços, pela N 213. O parque fica na margem direita do rio Rabaçal, a meia dúzia de quilómetros da cidade, um pouco depois de Possacos. Lá chegámos pouco depois das quatro horas, com um tempo primaveril. Parque completamente deserto nesta época do ano, mesmo os seis bungalows, todos desocupados. O local é muito agradável, mas sem vivalma por perto. Após o anoitecer, são raros os carros que passam na estrada. O silêncio só é quebrado pelo murmúrio contínuo do rio a saltar o desnível do açude construído em frente, para a praia fluvial. Nem rede de telemóvel existe, o que acentua ainda mais a sensação de isolamento total. Com este ambiente de aventura e um frio gélido a cair sobre o vale, entregámo-nos nos braços de Morfeu...
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